sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Funilaria Artesanal

É fundamental, no trabalho artesanal, a recuperação das peças originais. Tentando restaurar o estado original o funileiro realiza um trabalho de pesquisa e de intuição. Esta atividade é puramente prática e remonta os primórdios da profissão, ou seja, o começo do uso do automóvel. Naquela época nem sempre o proprietário de um carro dispunha de uma oficina de reparos mas os mesmos sofriam avarias e não podiam simplesmente serem trocados ou jogados fora… Então buscou-se uma solução para os reparos na lataria:
aqui em São Paulo os profissionais mais aptos a faze-los eram os fabricantes de funil, os funileiros, que também faziam baldes, canecas, panelas (eventualmente consertavam as panelas de latão ou alumínio). Este profissional de oficio, o funileiro, logo virou o mais apto para remendar e reparar amassados dos carros de então, que eram todos importados e escassos, o que fazia deste trabalho, um evento esporádico, mas que agregava renda extra para o funileiro de então. Evidentemente o número de veículos foi aumentando e com o passar dos anos, esta atividade passa a ser a principal, para muitos funileiros, que vão se aperfeiçoando nas técnicas que evoluem com a pratica. Estava então sendo criada uma nova profissão, bem diferente da original, mas que o hábito popular acostumado com o nome e  na falta de um nome melhor, consagrou definitivamente em São Paulo e em boa parte do Brasil: o FUNILEIRO! O profissional que cuida da lataria dos carros. No Rio de Janeiro o nome é dado é lanterneiro, porque que era assim que se chamavam os fazedores de lanternas, lampiões e afins, lá foram eles os primeiros a serem escalados para restaurar os automóveis batidos e enferrujados batizando assim a profissão. Mais descritivo do que o nome português, impossível, em Portugal o funileiro é chamado de “bate-chapas”.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Algumas sucatas que voltaram a ser carros


Brasília ano 76, pintada com vermelho ferrara P.U.

   

Dodge Polara 76

 

Verona 

                                    

Toyota 87


Jeep 64


Fusca


Gol

Ferramentas Manuais - Funilaria

  1. MARTELO   Em funilaria, é o equipamento emblemático da profissão, entre as ferramentas manuais, a principal de todas. Há vários modelos, e o ideal é possuir um de cada, na medida que for encontrando, pois quanto mais variados forem os martelos, mais surgirão oportunidades para experimenta-lós. Aí é que estará o toque do mestre!  
  2. ABRASADEIRA  Também importante, é usada para puxar o convexo do amassado para o nível ideal externo, com o apoio interno do tasso. (em uma mão a abrasadeira e na outra o tasso). Só existe um modelo universal.
  3. TASSO   Ferramenta de apoio interno, vários modelos e aplicações, na medida que for encontrando, vá adquirindo os diversos modelos, como o unha, o toiota, o bola etc.
  4. LIMA EM ARCO  É ideal para descobrir as ondulações de um amassado. Um modelo universal.
  5. TACO  Os tacos são usados como base para as lixas, além dos modelos do mercado, faça os seus próprios tacos, usando chinelos velhos e sarrafos de madeira por exemplo. Sempre que necessário construa o taco que for preciso!
  6. TALHADEIRA  Além das que são compradas, você pode faze-las com as molas de suspenção dianteiras de fusca, por serem de aço, é só corta-las e afia-las!
  7. ENCOLHEDOR  São dois ganchos com um fuso entre eles, que girando encurta a distancia puxando. Tamanhos variados, para ocasiões variadas. 
  8. RÉGUA  De aço, já encontrei uma de um metro e meio, tenho outras menores, a menor tem 20 cm. 
  9. TESOURA  Tesoura de funileiro é aquela para chapas com o bico curvo, ela pode cortar da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda. Eu sou canhoto e uso uma de corte da esquerda para a direita, pessoas destras não conseguem cortar com ela, até podem estragar o fio (cegar) da mesma. A prática avançada com o uso da tesoura permite cortar pedaços de peças sem estraga-los.
  10. LIMAS RETAS  Ou grosas, são encontradas nos seguintes formatos: redondo, quadrado, triangular e meia-lua quanto ao seu perfil, e seus tamanhos são variados. As de perfil redondo são as mais usadas no dia a dia da oficina.
  11. REBITADOR  Importante ferramenta de montagem, usa os rebites “pop”, cada um vem com três bitolas diferentes, eu tenho 2, logo posso rebitar 6 tipos de rebites segundo suas bitolas.
  12. ALICATE DE PRESSÃO  Para juntar peças antes de solda-las, vários modelos e formatos. o mais comum é o de garra para chapas.
  13. COMPASSO  Faça o seu, são duas hastes ligadas por um parafuso numa das pontas, serve para comparar distancias e ângulos.
  14. CHAVE DE IMPACTO  Para aqueles parafusos que não querem sair, e principalmente os parafusos cônicos de portas que tem um aderência superior dada a necessidade.
  15. MORSA    É ideal para dobrar cantoneiras, e para segurar peças na desmontagem. Tenha pelo menos uma de número 5 que é a média. Mas existem de vários tamanhos.
  16. JOGO DE MACHOS  Vá montando o seu conforme suas necessidades, eles servem para retificar roscas e ou faze-las. Fundamental.
  17. SACA-PARAFUSO   Quando o parafuso quebra e não sai, dependendo do local e das condições, pode-se utilizar esta ferramenta, altamente profissional.
  18. MARTELO DINAMICO   O nome vulgar, frequentemente usado pelos funileiros é “punheteira”. Prática e funcional, serve para desamassar sem desmontar (desamassar por fora). Podem ser classificadas quanto a sua forma de fixação na lataria, que pode ser feita através de um furo, colada, soldada ou com ventosas. Você mesmo pode fazer uma, mas existem vários modelos, sendo que as mais caras são as incorporadas nos kits de “martelinho de ouro”.
  19. ESTICADOR    Consiste em um fuso com um cano acoplado em uma  catraca, você gira a catraca e o fuso expande. Totalmente manual e antiquado, mas funciona! Hoje em dia todos usam os hidráulicos, mas eu ainda uso um destes, às vezes.  
 alguns dos meus martelos CIMG4050CIMG4059CIMG4051encolhedor,tesoura e limas

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