No trabalho realizado neste Cobalt, vou demonstrar uma técnica de trabalho que quando meticulosa e sistematicamente aplicada elimina a necessidade do uso de complementos para preparação de superfície, além de permitir um controle do trabalho, revelando os defeitos da chapa a serem corrigidos. Trata-se de um trabalho em uma área grande, porém eu recomendo principalmente nos retoques menores, ganhando-se tempo na realização do serviço. Optei por este procedimento (neste caso específico) principalmente para salvar as peças amassadas, já que o procedimento me permitiria o controle do trabalho de restauro do inicio ao fim da funilaria, e continuei o procedimento na pintura, após a aplicação do acabamento. Vamos a ele?
Na foto ao lado: A análise prévia do trabalho (click na foto para ver melhor), nas áreas assinaladas com o azul pontilhado ocorreram abalos maiores e portanto são mais delicadas para o restauro, nas áreas assinaladas em vermelho, a deformação do alinhamento (serão conferidas a todo instante durante o processo de desamassamento), finalmente as áreas em amarelo demonstram os vincos originais de fábrica, que estampam design do carro, (devem ser preservados e restaurados).
Ao lado vemos a porta dianteira direita em detalhes, sua análise é fundamental para o restauro. Portanto o trabalho começa na análise, antes mesmo do uso das ferramentas, estudamos o amassado e verificamos onde devemos bater ou empurrar, e quais são as áreas críticas. No tracejado em vermelho ocorreram calombos que serão rebatidos de fora para dentro com o martelo de borracha, na área demarcada em azul ocorreu um grande afundamento que será empurrado de dentro para fora, ao mesmo tempo que rebatemos os calombos para baixo. As ações precisam ser controladas e conferidas a todo instante, pois um bom trabalho deve evoluir naturalmente, a cada passo no processo de desamassamento criamos um novo panorama do amassado, até ficarmos satisfeitos e seguirmos para a próxima etapa.
Aqui vemos um amassado fechado, no pé da coluna da porta traseira, cujo procedimento de restauro é realizado de fora para dentro. Analisando o amassado vemos a área em calombo em amarelo. O afundamento em vermelho e determinamos a deformação total em azul.
Finalmente o último abalo neste trabalho, ocorrido na lateral traseira direita. Um amassado fechado que inicialmente será repuxado através de parafusos e batidas simultâneas ao repuxo. Técnica já definida em outras postagens e que relembraremos.
Ao lado a porta dianteira esquerda mostra o resultado da primeira e mais importante ação no restauro que é o desamassamento, é a partir daí que vamos ter a certeza de que o trabalho terá sucesso. Uma observação importante nesta fase: Em áreas com abalos grandes, como no caso, o uso da marreta de borracha e de madeiras de apoio é fundamental para evitar que a chapa se distenda ao ser rebatida, o que causaria danos irreversíveis ou dificultaria ainda mais o restauro.
Aqui a porta traseira após ser rebatida. Notamos o alinhamento com a porta dianteira e vemos que as distancias voltam ao padrão original, comparando com o outro lado do carro. É importante observar que em determinados momentos foi necessário a ajuda de outra pessoa para segurar o apoio ou rebater, dado que as ações são simultâneas (bater e apoiar).
Cortei com uma talhadeira fina a coluna para recompor o alinhamento e desta forma evitar o uso excessivo de massa plástica. Optei por um único corte ao invés de abrir uma janela, justamente para facilitar a soldagem posterior. Após o corte alavanquei com a própria talhadeira os afundados e rebati-os por fora. Também fiz alguns furos pequenos e inserindo parafusos pude repuxar afundados (serão tapados com solda).
Aqui nesta foto o último estrago, após rebater os calombos, furei e inseri parafusos para puxar os afundados, sempre lembrando que devemos ao mesmo tempo que puxamos um afundado devemos bater nos calombos e observarmos o resultado obtido, projetando novas investidas até passarmos para a próxima etapa...
...Que é aquilo que eu realmente gostaria de demonstrar nesta postagem: A Técnica do Lixamento Progressivo. Na foto ao lado, iniciamos o lixamento progressivo, sempre com tacos, vamos lixar toda a área amassada que foi rebatida e alinhada. A grana de lixa escolhida foi a 80 de papel à seco. Neste procedimento vamos revelando ainda mais os defeitos da superfície que estamos trabalhando. Um outro benefício desta técnica é que não removemos o tratamento original que a lataria do carro recebe. É fundamental ressaltar que todo o lixamento deve ser manual, para que seja aproveitado o próprio material já existente na chapa para o seu nivelamento.
Para demonstrar que os buracos não foram simplesmente recobertos por massa, mostro na foto ao lado os locais aonde foram feitos soldagens com estanho, um material que se funde a baixas temperaturas, excelente para esta finalidade uma vez que tanto o corte como os furos não causaram nenhum dano estrutural e a solda com estanho preserva as condições originais internas e o tratamento externo sofre menos danos no seu revestimento, dado que a chapa não chega a ser aquecida ao rubro o que aconteceria se fossemos usar outro tipo de soldagem. Após as soldas, desengraxamos e lixamos com a lixa 80, como foi feito nas portas. Mais um detalhe nesta etapa: Não devemos forçar o taco contra a chapa mas correr o taco e lixa sem pressionar nivelando a chapa a partir do material que ela já possui. Alem do que forçar a chapa em grandes áreas como as portas faz com que ela afunde e prejudique a ação de revelar os defeitos que vamos corrigir nas próximas etapas...
Seguindo, vamos aplicar a massa plástica orientados pelo mapa deixado na etapa anterior. Desta forma selecionamos os locais aonde sua espessura deve ser maior ou menor, controlando o trabalho e o resultado, economizando material e esforço. Em áreas vincadas fazemos a proteção/marcação do vinco com fita crepe, uma técnica demonstrada com detalhes na postagem: Duas técnicas: Amortecimento e Masseamento Localizado (click e entenda melhor sobre o masseamento localizado) técnica ideal para a restauração de vincos.
Preparando pequenas quantidades de massa plástica para que a mesma não endureça antes de ser usada, vamos cobrindo toda a área. Neste trabalho especificamente eu utilizei massa plástica de baixa densidade, comercialmente conhecida como "massa light".
Após o lixamento da massa plástica (ainda com lixa 80), vemos que as imperfeições diminuíram, porem não desapareceram por completo. Visualizamos melhor com o corretor de lixamento. Corretor de lixamento é uma forma de controle que criei para que os defeitos do lixamento fossem revelados e corrigidos. Usando uma régua de alumínio de aproximadamente quarenta centímetros (idêntica a que usamos para dosar tintas) vamos raspando com ela uniformemente toda a área lixada, com isto fazemos o mapeamento de todos os defeitos. Na foto os círculos apontam exemplos de defeito revelados (click na foto para ver melhor). Devemos então repassar a massa nestes locais, lixar novamente até obtermos o nivelamento total.
Após realizarmos o procedimento citado acima em todos os locais avariados, vamos reduzir a grana das lixas gradativamente. Explicando melhor: Até o final da etapa anterior estávamos utilizando somente a lixa 80 à seco e com ela conseguimos nivelar todos os danos, nesta etapa vamos definitivamente preparar o trabalho para a pintura, de maneira direta, fazendo uso unicamente da técnica do lixamento progressivo. A foto mostra o resultado final, após lixarmos tudo com lixa 80, recomeçamos do inicio com lixa 150, indo até o final. Tudo lixado com 150, voltamos ao inicio e reduzimos o lixamento para 220, em seguida 400 e 600. As áreas em cinza são áreas masseadas com massa rápida, para correção de porosidade na massa plástica, foram passadas após o lixamento com 150, lixadas com 150 e reduzidas junto com as demais áreas até a grana 600.
Ao lado o inicio da pintura. O acabamento é o esmalte P.U., uma tinta de alto poder de cobertura, fundamental para o êxito deste trabalho (se fosse o poliéster o procedimento seria outro). A foto mostra o trabalho após a aplicação da primeira passada, como vamos continuar com a técnica do lixamento progressivo após a pintura, aplicarei duas passadas extras, para compensar o material retirado no lixamento, totalizando seis passadas (mais o alastrador, nas emendas de retoque). Volto a ressaltar que a preparação anterior através do lixamento progressivo e o alto poder de cobertura do esmalte P.U. possibilitaram a aplicação do acabamento logo após o término do lixamento das massas. De outra forma teríamos que efetuar a aplicação de primer de enchimento após a etapa de lixamento com 150.
Continuando... O esmalte P.U. em geral após a terceira passada já alcança a total cobertura, eu costumo aplicar uma última passada mais fina para compensar a retirada de material no polimento, totalizando quatro passadas, isto normalmente, mas como estamos em um caso especial de procedimento, foram aplicadas duas passadas extras. Após a secagem (cerca de quatro horas) reiniciamos o lixamento progressivo. Sempre com o taco (eu uso para o lixamento de tintas tacos de borracha macia, feitos de sola de chinelos do tipo havaianas). Também vale ressaltar que no lixamento de tintas é aconselhável faze-lo com água para evitar riscos profundos, usando as mesmas lixas à seco de papel, mas molhando a superfície com um borrifador. Lixamos tudo com 400 (alisando principalmente áreas mais texturizadas), reduzindo para 600 todos os riscos feitos pela lixa 400, reduzindo para 800 os riscos feitos pela lixa 600 e finalmente reduzindo para 1200 os riscos feitos pela lixa 800. À seguir é feito o polimento (na foto a porta dianteira já começou a ser polida, as demais áreas estão lixadas até a grana 1200).
Acima o trabalho finalmente concluído. Qualquer dúvida, crítica ou comentário estarei a disposição. Um grande abraço e até a próxima!!
Na foto ao lado: A análise prévia do trabalho (click na foto para ver melhor), nas áreas assinaladas com o azul pontilhado ocorreram abalos maiores e portanto são mais delicadas para o restauro, nas áreas assinaladas em vermelho, a deformação do alinhamento (serão conferidas a todo instante durante o processo de desamassamento), finalmente as áreas em amarelo demonstram os vincos originais de fábrica, que estampam design do carro, (devem ser preservados e restaurados).
Ao lado vemos a porta dianteira direita em detalhes, sua análise é fundamental para o restauro. Portanto o trabalho começa na análise, antes mesmo do uso das ferramentas, estudamos o amassado e verificamos onde devemos bater ou empurrar, e quais são as áreas críticas. No tracejado em vermelho ocorreram calombos que serão rebatidos de fora para dentro com o martelo de borracha, na área demarcada em azul ocorreu um grande afundamento que será empurrado de dentro para fora, ao mesmo tempo que rebatemos os calombos para baixo. As ações precisam ser controladas e conferidas a todo instante, pois um bom trabalho deve evoluir naturalmente, a cada passo no processo de desamassamento criamos um novo panorama do amassado, até ficarmos satisfeitos e seguirmos para a próxima etapa.
Aqui vemos um amassado fechado, no pé da coluna da porta traseira, cujo procedimento de restauro é realizado de fora para dentro. Analisando o amassado vemos a área em calombo em amarelo. O afundamento em vermelho e determinamos a deformação total em azul.
Finalmente o último abalo neste trabalho, ocorrido na lateral traseira direita. Um amassado fechado que inicialmente será repuxado através de parafusos e batidas simultâneas ao repuxo. Técnica já definida em outras postagens e que relembraremos.
Ao lado a porta dianteira esquerda mostra o resultado da primeira e mais importante ação no restauro que é o desamassamento, é a partir daí que vamos ter a certeza de que o trabalho terá sucesso. Uma observação importante nesta fase: Em áreas com abalos grandes, como no caso, o uso da marreta de borracha e de madeiras de apoio é fundamental para evitar que a chapa se distenda ao ser rebatida, o que causaria danos irreversíveis ou dificultaria ainda mais o restauro.
Aqui a porta traseira após ser rebatida. Notamos o alinhamento com a porta dianteira e vemos que as distancias voltam ao padrão original, comparando com o outro lado do carro. É importante observar que em determinados momentos foi necessário a ajuda de outra pessoa para segurar o apoio ou rebater, dado que as ações são simultâneas (bater e apoiar).
Cortei com uma talhadeira fina a coluna para recompor o alinhamento e desta forma evitar o uso excessivo de massa plástica. Optei por um único corte ao invés de abrir uma janela, justamente para facilitar a soldagem posterior. Após o corte alavanquei com a própria talhadeira os afundados e rebati-os por fora. Também fiz alguns furos pequenos e inserindo parafusos pude repuxar afundados (serão tapados com solda).
Aqui nesta foto o último estrago, após rebater os calombos, furei e inseri parafusos para puxar os afundados, sempre lembrando que devemos ao mesmo tempo que puxamos um afundado devemos bater nos calombos e observarmos o resultado obtido, projetando novas investidas até passarmos para a próxima etapa...
...Que é aquilo que eu realmente gostaria de demonstrar nesta postagem: A Técnica do Lixamento Progressivo. Na foto ao lado, iniciamos o lixamento progressivo, sempre com tacos, vamos lixar toda a área amassada que foi rebatida e alinhada. A grana de lixa escolhida foi a 80 de papel à seco. Neste procedimento vamos revelando ainda mais os defeitos da superfície que estamos trabalhando. Um outro benefício desta técnica é que não removemos o tratamento original que a lataria do carro recebe. É fundamental ressaltar que todo o lixamento deve ser manual, para que seja aproveitado o próprio material já existente na chapa para o seu nivelamento.
Para demonstrar que os buracos não foram simplesmente recobertos por massa, mostro na foto ao lado os locais aonde foram feitos soldagens com estanho, um material que se funde a baixas temperaturas, excelente para esta finalidade uma vez que tanto o corte como os furos não causaram nenhum dano estrutural e a solda com estanho preserva as condições originais internas e o tratamento externo sofre menos danos no seu revestimento, dado que a chapa não chega a ser aquecida ao rubro o que aconteceria se fossemos usar outro tipo de soldagem. Após as soldas, desengraxamos e lixamos com a lixa 80, como foi feito nas portas. Mais um detalhe nesta etapa: Não devemos forçar o taco contra a chapa mas correr o taco e lixa sem pressionar nivelando a chapa a partir do material que ela já possui. Alem do que forçar a chapa em grandes áreas como as portas faz com que ela afunde e prejudique a ação de revelar os defeitos que vamos corrigir nas próximas etapas...
Seguindo, vamos aplicar a massa plástica orientados pelo mapa deixado na etapa anterior. Desta forma selecionamos os locais aonde sua espessura deve ser maior ou menor, controlando o trabalho e o resultado, economizando material e esforço. Em áreas vincadas fazemos a proteção/marcação do vinco com fita crepe, uma técnica demonstrada com detalhes na postagem: Duas técnicas: Amortecimento e Masseamento Localizado (click e entenda melhor sobre o masseamento localizado) técnica ideal para a restauração de vincos.
Preparando pequenas quantidades de massa plástica para que a mesma não endureça antes de ser usada, vamos cobrindo toda a área. Neste trabalho especificamente eu utilizei massa plástica de baixa densidade, comercialmente conhecida como "massa light".
Após o lixamento da massa plástica (ainda com lixa 80), vemos que as imperfeições diminuíram, porem não desapareceram por completo. Visualizamos melhor com o corretor de lixamento. Corretor de lixamento é uma forma de controle que criei para que os defeitos do lixamento fossem revelados e corrigidos. Usando uma régua de alumínio de aproximadamente quarenta centímetros (idêntica a que usamos para dosar tintas) vamos raspando com ela uniformemente toda a área lixada, com isto fazemos o mapeamento de todos os defeitos. Na foto os círculos apontam exemplos de defeito revelados (click na foto para ver melhor). Devemos então repassar a massa nestes locais, lixar novamente até obtermos o nivelamento total.
Após realizarmos o procedimento citado acima em todos os locais avariados, vamos reduzir a grana das lixas gradativamente. Explicando melhor: Até o final da etapa anterior estávamos utilizando somente a lixa 80 à seco e com ela conseguimos nivelar todos os danos, nesta etapa vamos definitivamente preparar o trabalho para a pintura, de maneira direta, fazendo uso unicamente da técnica do lixamento progressivo. A foto mostra o resultado final, após lixarmos tudo com lixa 80, recomeçamos do inicio com lixa 150, indo até o final. Tudo lixado com 150, voltamos ao inicio e reduzimos o lixamento para 220, em seguida 400 e 600. As áreas em cinza são áreas masseadas com massa rápida, para correção de porosidade na massa plástica, foram passadas após o lixamento com 150, lixadas com 150 e reduzidas junto com as demais áreas até a grana 600.
Ao lado o inicio da pintura. O acabamento é o esmalte P.U., uma tinta de alto poder de cobertura, fundamental para o êxito deste trabalho (se fosse o poliéster o procedimento seria outro). A foto mostra o trabalho após a aplicação da primeira passada, como vamos continuar com a técnica do lixamento progressivo após a pintura, aplicarei duas passadas extras, para compensar o material retirado no lixamento, totalizando seis passadas (mais o alastrador, nas emendas de retoque). Volto a ressaltar que a preparação anterior através do lixamento progressivo e o alto poder de cobertura do esmalte P.U. possibilitaram a aplicação do acabamento logo após o término do lixamento das massas. De outra forma teríamos que efetuar a aplicação de primer de enchimento após a etapa de lixamento com 150.
Continuando... O esmalte P.U. em geral após a terceira passada já alcança a total cobertura, eu costumo aplicar uma última passada mais fina para compensar a retirada de material no polimento, totalizando quatro passadas, isto normalmente, mas como estamos em um caso especial de procedimento, foram aplicadas duas passadas extras. Após a secagem (cerca de quatro horas) reiniciamos o lixamento progressivo. Sempre com o taco (eu uso para o lixamento de tintas tacos de borracha macia, feitos de sola de chinelos do tipo havaianas). Também vale ressaltar que no lixamento de tintas é aconselhável faze-lo com água para evitar riscos profundos, usando as mesmas lixas à seco de papel, mas molhando a superfície com um borrifador. Lixamos tudo com 400 (alisando principalmente áreas mais texturizadas), reduzindo para 600 todos os riscos feitos pela lixa 400, reduzindo para 800 os riscos feitos pela lixa 600 e finalmente reduzindo para 1200 os riscos feitos pela lixa 800. À seguir é feito o polimento (na foto a porta dianteira já começou a ser polida, as demais áreas estão lixadas até a grana 1200).
Acima o trabalho finalmente concluído. Qualquer dúvida, crítica ou comentário estarei a disposição. Um grande abraço e até a próxima!!
27 comentários:
Acompanhar suas técnicas é sempre um aprendizado e um prazer. Mais um grande trabalho artistico.
Abraço.
Valeu Cláudio, muito obrigado pelo elogio e visita!
Olá Wilson. Gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho e esmero que demostra em seus serviços, certamente você é um profissional de 1º mundo e é uma pena você não morar em Fortaleza, pois com certeza faria a funilaria do meu carro com você. Mas o que acontece, levei meu carro Focus sedan em um martelinho de ouro "aparentemente" de qualidade
para consertar um pequeno amassado de mais ou menos 2cm sobre a lanterna traseira, o mesmo estava com o aço exposto. Serviço feito e agora percebi que emassaram uma parte do vinco de quase 3cm (finalzinho de vinco), que percebe-se claramente a diferença com o lado direito.O que me chateia é que pedi atenção extrema a este detalhe. Fora que empoeiraram todo carro com verniz. Proxima semana terei que voltar para que efetuem o polimento. Há alguma forma de redescobrirem o vinco sem a necessidade de pintar novamente? Não tenho mais confiança no serviço desta oficina. Gostaria de levar em outra para que corrijam o formato original. O que me sugere?
Muito Obrigado pela atenção.
Afonso
Olá Afonso, obrigado pela visita e elogio! Realmente os vincos são detalhes importantes na restauração de amassados, devendo serem corrigidos e/ou preservados, principalmente os mais suaves, como os que eu restaurei no cobalt. Como o seu carro já foi retocado, acho mais conveniente retrabalhar o local do dano, corrigindo a imperfeição, independentemente da técnica utilizada(se o vinco foi distorcido por masseamento, só com lixamento e repintura mesmo). Espero que a oficina retrabalhe o conserto para a sua satisfação, isto seria o mais correto para ambos.
Ótimo trabalho, eu gostaria de saber se vc tem algum post sobre reparo. Em parachoques de borracha(retoques de pintura) e técnicas de polimento para riscos superficiais, tenho um Logus que necessita destes pequenos reparos e gostaria muito de eu mesmo efetuar estes. Será que se enviar algumas imagens a vc,poderia me dar estas dicas? Serei muito grato. Ass. Anderson Leão.
Claro Anderson! Me manda as fotos e eu respondo a respeito dos procedimentos que considerar adequados, acho muito legal sua iniciativa de reparar os danos do seu Logus vc mesmo. Obrigado pela visita!
Ótimo trabalho sou de São José dos campos SP, gostei muito do seu trabalho com o cobalt quando vi este lançamento pensei "quando este carro começar a bater vai ser dose consertar" kkk mas um ótimo serviço realizado com certeza sou funileiro também gostei muito da idéia da régua de alumínio como funciona e onde arrumar esta régua e a mesma de canalização.
Abraço
Olá Alison! A régua de alumínio que usei como corretor de lixamento é a mesma que o pintor usa para dosar as tintas e que é um brinde oferecido nas casas de tintas. PPG, Brasilian e Lazzuril por exemplo fazem este artefato. Eu tenho alguns, mas nunca comprei nenhum. Após rastelar a régua na peça, você verá que onde houve contato ficou escuro e onde não houve ficou claro (afundado), daí é só corrigir. Abraço e obrigado!
aBoa tarde
Muito interessante isso, vi seu blog ano passado gostei muito.
Quanto ao lixamento pré polimento não chega desvelar a pintura, por utilizar lixar de maior grão, pela foto a pintura ficou lisinha, linda
Estou ansioso por mais pastagens
A pintura já foi feita com duas passadas extras para compensar o lixamento, realmente ao utilizar lixas de granulação inferior a 800 (no esmalte P.U.) para o polimento é preciso que haja tinta extra, senão...desvela mesmo.
ola...gostei muito do seu blog espero um dia chegar a seu nível profissional sou pintor a apenas 2 anos e aprendi muito com suas dicas a parti de hoje serei um frequentador diário do seu blog em busca de mais dicas valeu...
Obrigado Mardonio, um elogio vindo de outro profissional é especial!
Muito obrigado Diego, fico contente que esteja gostando. Quanto à sua dúvida sobre o polimento de aderência ele é feito ao redor do retoque (aconselho polir a peça toda), ou seja em volta do perímetro lixado, quando vamos retocar priorizamos a pulverização de tinta na mancha do primer ou do defeito, em seguida alastramos para a área lixada e terminamos alongando no polimento de aderência. Estou terminando a próxima postagem "como fazer pequenos, médios e micro retoques" com a qual pretendo elucidar todas as dúvidas sobre retoques. Abraços!!
ola Wilson tudo certo...gostaria de mais uma dica,estou com dificuldades em retocar arranhões mesmo depois de lixar a massa poliéster ou plastica quando aplico o prime o risco ta lá,faço a correção com massa rápida mas acho que estou perdendo tempo desta forma obs. isso só ocorre com arranhões mais profundo.muito obrigado
Olá Mardonio, Após promover a aderência dentro e ao redor do risco ou arranhão e massear, lixe sem pressionar (levemente para não causar futuros desníveis) sempre à seco, a massa ou o primer. Aplique camadas secas de poliéster para não reativar as camadas inferiores, até a cobertura total. Após ter pintado, (com poliéster) se continuar o risco em baixo-relevo, aplique sobre a tinta a massa acrílica do tipo kombi filler, mais indicada para corrigir este tipo de defeito. obs.: Eu não costumo aplicar primer ao retocar riscos ou arranhões.
ola Wilson, muito obrigado pelas dicas vou utilizá-las nos próximos serviços...um grande abraço e que Deus te ilumine
Amigo vc faz esse tipo de serviço em motos?
Não Andreis, eu só trabalho com automóveis.
Primeiramente parabéns pelo teu trabalho.
Um serviço como esse, quanto custa?
Olá Gustavo! Bem, eu avalio o custo do trabalho de restauro em geral, estimando os dias que levo para realizar o mesmo e multiplico pelo valor do dia trabalhado (200,00). Este trabalho levou cinco dias para ser consumado.
Compensa mandar meu cobalt a concessionária para desamaçar a saia lateral proximo ao pneu dianteiro
Parabens..otimo trabalho...sou bom pintor mas quero tbm ser bom funileiro...obrigado pela aula...mande mais...estamos anciosos..abraco
Olá Anderson! Obrigado pelos elogios! Estou com algumas postagens em fase de produção e em breve estarei publicando, Abçs!!
Boa noite Wilson, fiz um retoque em meu Logan Cinza Aucier e usei a mesma pressão na aplicação da tinta e verniz, pois meu compressor é ar direto e não tem manômetro para visualizar a regulagem. O verniz(PU bicomp.) deu cobertura mas ficou com efeito casca de laranja, devo diluir a ultima demão de verniz? Em quantos % vc recomendaria ?
Eu consegui deixar a pintura lisa mais depois de muito lixamento, vendo os seus trabalhos vejo que suas pinturas quase que ficam lisas antes mesmo do polimento.
abraço. Jorge
Olá Jorge! Como vc está sem condições de reproduzir o procedimento relatado, pode-se adaptar correções ao seu retoque. Uma forma de vc conseguir uma boa lisura no final é aumentar a diluição do verniz e também aumentar o numero de passadas de verniz para que o polimento resista a uma maior investida de lixamento prévio. Este aumento de diluição e de passadas é em relação a forma como vc trabalhou até aqui, mas não exceda a 50% de diluente e nem a cinco passadas de verniz, (com intervalo de tempo entre elas) para não reativar as camadas de tinta já aplicadas.
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