quinta-feira, 21 de abril de 2016

A Forração do Teto do Fusca



Após realizar a funilaria e a pintura deste fusca, resolvi também assumir o trabalho de tapeçaria, para não comprometer a qualidade da restauração. A seguir mostrarei apenas a parte referente ao teto, mas refiz também outras partes, só os bancos continuaram iguais já que estavam em perfeito estado.





Eis ai o teto, já sem a forração, após raspar os resíduos do forro antigo, iniciamos a instalação do novo...








Um detalhe importante neste trabalho foi que neste fusca as varetas de aço que sustentam e alinham o forro não eram as originais, sendo substituídas por ferros de estribo comuns, antes de tudo tive que ajustar as medidas e garantir que esta adaptação seria um sucesso.






Após ter uma boa ideia do posicionamento do forro, iniciei as colagens pela frente, modelando a abertura do para-brisas e na parte de encaixe por presilhas nas entradas de porta.







Após ter fixado as duas laterais, revestindo as colunas e contornando os vidros laterais, é feito a segunda parte do teto, esticando o forro.










A cada passo que avançamos nas colagens, vou recolocando os vidros. Ao lado a foto mostra que os vidros laterais já estão no lugar...







A parte atras do banco e logo abaixo do vidro traseiro, nós chamamos de "chiqueirinho", será totalmente reaproveitada, na foto ao lado as laterais que cobrem as caixas de roda já estão fixadas, bem como a forração do vão lateral...









Ao lado vemos o "chiqueirinho" totalmente revestido.









O vidro traseiro já foi colocado e resolvi reforçar com parafusos a fixação do forro do "chiqueirinho", pois este forro era muito pesado, e certamente com o tempo descolaria...







Comprados à parte, instalei os quebra-sois e o espelho retrovisor, aliás este espelho não era o original, muito menos os quebra-sois, mas isto é uma outra história (estas peças são diferentes para este ano de fabricação do fusca).








Ao lado a instalação terminada, já com os bancos e cintos de segurança, é claro que na instalação partes do forro sujaram, mas nada que não pode ser devidamente limpo ao término de tudo.








No detalhe ao lado, o resultado após a limpeza, bem como o alojamento da luz de teto já instalado. Às vezes precisamos realizar trabalhos que fogem ao nosso habitual, mas acho que valeu o esforço! Abaixo com orgulho eu mostro o fusquinha quase que totalmente reformado por mim. Obrigado pela visita e até a próxima!






Rebitadeira de lonas de freio - Rebitex

Seguindo com a intenção de alimentar com itens a lojinha do blog e ao mesmo tempo informar sobre o estado de conservação dos mesmos, vou postar agora informações relativas a esta ferramenta que ainda é muito usada na reparação dos sistemas de freios e de embreagem. Trata-se de uma rebitadeira mecânica, com ela pude montar as lonas nos patins de freio ou sapatas em diversos trabalhos que realizei na restauração de freios, atualmente ela esta sem utilidade, já que eu não realizo mais este trabalho. Era muito comum a troca das lonas, pois como as panelas (ou tambores de freio) ao invés de simplesmente serem trocadas, por economia, eram retificadas, e neste caso compensávamos a retifica da panelas com lonas de medidas especiais. As medidas de lona eram condicionadas a espessura dos tambores de freio. Poderiam ser 2X, 1X ou standart. Este tipo de trabalho ainda ocorre nos dias atuais, mas em menor escala. Também poderíamos trocar a lona do disco de embreagem, evitando a troca do disco. Isto barateava muito a manutenção dos freios e da embreagem...Esta ferramenta ainda é fabricada e comercializada, de forma idêntica como sempre, o que demonstra que ela ainda é útil para muitos.




Já desmontada, ela será limpa e lixada para ser repintada, como as novas são repintadas em azul, decidi acompanhar esta tendencia...










Ao lado, o corpo principal, composto de um tubo de parede de dois mm de espessura e a base de ferro forjado.










Secando após ser pintado, o cabeçote, também de ferro forjado. Do centro da mesa da ferramenta de apoio até a coluna há um bom espaço, isto permite que além das tarefas normais, esta rebitadeira serve também para confeccionar diversos produtos cuja montagem seja feita por rebites. Como por exemplo uma tampa de porta-luvas que fiz desta forma.








Ao lado o conjunto de ferramentas que acompanha a rebitadeira: Uma chave allen para a troca das mesmas, duas referente a mesa ou apoio inferior, isto permite que possamos usar três tipos de bitolas diferentes, com suas ferramentas superiores, as mais longas em três bitolas diferentes. Veio com ela uma ferramenta cega, que acredito seja para a montagem de outra ferramenta, aproveitando o mecanismo de prensagem. Também há uma ferramenta própria para desarrebitar, evitando o uso de uma talhadeira, e tornando mais prático e rápido a desmontagem das sapatas de freio.





Ao lado ela já foi totalmente montada, em vermelho vemos a mesa onde são colocadas a ferramenta de apoio. Todas as ferramentas operacionais são fabricadas em aço 1045 temperado. O curso total do porta-ferramentas superior e de 25 mm.









Ao pisarmos no pedal a força empregada é multiplicada por dez vezes no topo, no porta-ferramentas móvel. Isto segundo os fabricantes.










A mesa para as ferramentas de apoio precisa estar regulada, para que o torque aplicado não danifique as lonas, com a prática dominamos esta regulagem.










Os rebites para lonas de freio são normalmente semi-sólidos de alumínio ou vazados de latão. E podem ser encontrados facilmente no mercado de peças automotivas. Como já disse acima, esta ferramenta esta a venda na lojinha do blog, se você tiver interesse da uma olhada lá >>> Lojinha Virtual Obrigado pela visita e até a próxima! 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O capô traseiro do fusquinha sem aberturas


   

Todos os fusquinhas mais antigos, anteriores a 1970, não possuíam aberturas para ventilação, nem por isto os motores aqueciam, dado que a refrigeração conseguida através destas aberturas é desprezível. Que eu saiba, mesmo quando o fusca recebeu modificações mais evidentes como por exemplo nos faróis, capôs dianteiro e traseiro (ficaram mais curtos) e nos para-choques que deixaram de ter peças tubulares, o capô traseiro ainda permanecia sem as aletas de ventilação. Isto ao meu ver só ocorreu (o surgimento das tais aletas) quando o fusca ganhou mais potência, passando de 1300 para 1500 cc. Além da potencia extra, o capô ganhou aletas. Entretanto, os fusca de 1300 cc continuavam a ser fabricados e entre outras diferenças, com o capô sem aberturas. Com o passar dos tempos, devido aos donos preferirem, ou ao fato de que numa necessidade de troca, a opção mais atrativa era aquela que era usada pelo carro mais caro e potente, a grande maioria dos fusquinhas, independente da potencia, acabou utilizando os capôs com ventilação. A seguir eu vou mostrar um passo a passo na restauração de um destes capôs originais:




Aqui está ele, esta cor apesar de ser uma repintura, deve ser original, pois se não me engano este era o bege palha, que pintou tanto nos fuscas 1300 (que usava este capô) como os 1300 L. Estes últimos usando os capôs com ventilação.







Como a peça estava totalmente íntegra quanto a amassados, eu apenas tampei com soldas os buracos que foram feitos para a colocação de placas e suportes de placas em anos anteriores e realizei uns pequenos remendos na dobra de reforço...Evidentemente deixei intacto os furos para a lacração junto ao DETRAN.








Quanto a aba de reforço, ao lado a foto mostra como foi corrigida, levando em conta que os furos de escoamento originais foram preservados, fiquei satisfeito com o resultado.










Lixado e nivelado nos pontos críticos, já na massa rápida...









Na parte interna apliquei um pouco mais de material, para dar menos ruído, encorpando a espessura da chapa com um revestimento apropriado o "batida-de pedra".





A seguir apliquei um fundo cinza, finalizando a restauração. A partir daqui é só lixar e repintar na cor do fusquinha que vai receber esta peça.



   

Bem... Se você possui um fusca 1300, o famoso fusquinha e quer deixa-lo original também neste detalhe, eis aí a oportunidade, coloquei ele na minha lojinha aqui do blog... >>> Lojinha Virtual  Até a próxima!!

Pequeno Reparo no Honda CR-V


No Honda CR-V, bem como nos demais veículos atuais, é vital dominar as técnicas de restauração em plástico para efetuar reparos rápidos, eficientes e baratos. E é claro, com isto, atrair a clientela. Nesta postagem vou abordar como é possível evitar a troca de peças, sem perder a qualidade do trabalho...


Nas fotos acima vemos os danos causados por uma pequena batida frontal à direita da CR-V. Para-lama e para-choque são afetados. Os danos externos representam apenas uma parte do trabalho, já que só a desmontagem poderá indicar a exatidão das partes comprometidas na colisão.






Ao lado, com a desmontagem, descobrimos que a presilha que ancora o para-choque ao para-lama partiu-se.
Vamos solda-la como mostram as duas fotos abaixo: 






A presilha partida em três pedaços...



E após ter sido soldada.








Ao lado, já foi desamassado o para-lama, após o que vamos iniciar a remontagem...









A parte do para-choque sem pintura já foi desamassada usando o soprador térmico, e reencaixada na parte pintada. Como mostra a foto ao lado.








As molduras foram recolocadas e basicamente só resta mesmo a preparação para o retoque...










 Ao lado vemos que o retoque foi isolado e também houve o nivelamento das pequenas imperfeições remanescentes ao rebatimento prévio.






Conforme é de praxe, para os trabalhos em poliéster, devemos buscar o nivelamento máximo, para tanto corrigimos os mínimos desníveis usando de lixamento e de massa rápida. Agilizando com técnicas de úmido sobre úmido. (ao lado)






Aplicando a base poliéster, lentamente até homogeneizar totalmente a área afetada com o resto da área isolada, considerando que quanto menor for o retoque, melhor é o resultado. Além de ser menos trabalhoso...



 

Após cumprir com eficácia a etapa de aplicação da base poliéster, É feita então a aplicação do verniz P.U.(duas passadas mais os cuidados com o nivelamento das emendas).








Após pelo menos quatro horas, podemos realizar o polimento final. Ao lado o resultado deste trabalho. Este lindo carro está íntegro novamente, sem que tenha sido necessário a troca de peças. O cliente adorou! Até a próxima postagem.


terça-feira, 19 de abril de 2016

Banco traseiro do Jeep CJ5


Um acessório de época, pois este banco variou muito de tempos em tempos, sendo feito de molas ou chapas, tendo também a possibilidade de ser uma caixa de ferramentas sob o assento. Este especificamente foi montado a partir de uma ferragem não original fabricada conforme as medidas originais de tubo e aproveitando as presilhas de banco originais. Os bancos fabricados segundo os originais, nunca eram também uma caixa de ferramentas, esta ideia foi pensada para aproveitar melhor o espaço do jipe. Eu cheguei a montar inclusive um assim, mas isto é outra história...



Ao lado iniciamos o trabalho de restauração, desmontando cuidadosamente o banco, a tapeçaria foi fixada em uma base de madeira compensada utilizando grampos.









Já sem a tapeçaria, vamos higienizar a espuma e analisar a base de madeira...










A ferragem não estava tão enferrujada, sendo necessário apenas uma boa pintura...









Ao lado, a ferragem secando após a pintura...









Ao montar a espuma na madeira, resolvi revesti-la com uma lona para evitar umidade e proteger desta forma a madeira restaurada...









Corrigi um vicio do estofado adicionando um pequeno enchimento... Como mostra a foto ao lado.








Com a tapeçaria já higienizada e limpa, é feito a remontagem. Nesta hora não economizo nos grampos...



















Acho que ficou muito bom, espero que logo esteja equipando um jipinho por ai, ao invés de ficar guardado! Obrigado pela visita!

Ahh! Já ia me esquecendo, coloquei esta banco na lojinha virtual, se tiver interesse, vai lá! >>>  Lojinha Virtual