sexta-feira, 15 de março de 2013

Como Fazer Pequenos, Médios e Micros Retoques em Poliéster

 Atendendo a pedidos dos visitantes do Técnicas em Pintura e Funilaria, pretendo através desta postagem elucidar todas as duvidas sobre retoques em poliéster, sejam eles pequenos, médios ou micros retoques. São procedimentos válidos para cores lisas ou metálicas, escuras ou claras, entretanto como as cores prateadas são as que são consideradas as mais difíceis de retocar eu optei por postar carros prateados, demonstrando assim que é possível retocar qualquer cor.


 Na foto ao lado visualizamos o para-lama do fiat Uno, sua cor é o prata Bari. Este para-lama possui dois machucados: Um pequeno amassado e um pequeno risco mais abaixo, ambos foram nivelados e lixados até a lixa de grana 600 à seco. A cada redução na granulação da lixa a área do retoque é aumentada um pouquinho. Foi feito o empapelamento e o para-lama está prestes a ser polido (polimento de aderência).

Após o polimento de aderência ser efetuado, vamos aplicar a base poliéster diretamente  no retoque, em camadas secas e leves (sem molhar) encobrimos os machucados transformando os dois micro-retoques em um único retoque pequeno, dado a sua proximidade. Nesta etapa priorizamos o foco do retoque com mais transferência de tinta e alastramos o retoque até o limite do que foi lixado anteriormente. As marcações feitas na foto mostram claramente isto.

Continuando, após termos isolado o retoque com a própria tinta, sem o uso de primer (devido ao tamanho do retoque) e conseguirmos uma superfície lisa sem poros e riscos, fazemos o degradê do retoque: Alastramos ainda mais o retoque em passadas leves e secas, homogenizando as bordas do retoque com camadas transparentes, camadas estas que apenas quebram o brilho da pintura anterior. As marcações na foto mostram o limite máximo alcançado pela tinta poliéster, nesta etapa.

Conseguindo a homogenização do retoque sem pulverizar as margens do para-lama, evitamos o corte-seco, isto é: não há evidencias de comparação entre o retoque e a pintura antiga, então prosseguimos. Aplicamos duas passadas de verniz, sendo a segunda passada um pouco mais molhada e desempapelamos, na foto eu estava justamente fazendo o desempapelamento. Notem que abaixo do friso houve necessidade de alastrar o verniz.


Aguardamos a secagem para iniciarmos o polimento, não menos que quatro horas após a aplicação do verniz. Se necessário podemos lixar com  lixa 1200 ou 1500 (d'água) para facilitar o polimento.




Vou agora utilizar um exemplo de retoque de tamanho médio. Trata-se de um celta na cor prata Polaris e a área do retoque abrange a lateral e a porta, somados após a preparação totalizam uma área de mais ou menos uns cinquenta centímetros quadrados. Na foto ao lado destaquei a área total do lixamento. Ao centro vemos a correção do abalo, onde iniciamos o lixamento com 80, masseamos e lixamos com a redução da grana de lixa até a número 600. Conforme veremos a seguir neste retoque específico haverá uma área de alongamento bastante ampla, o que facilita a pulverização do degradê (alongamento), entretanto a intenção é fazer um retoque no menor espaço possível, gastando menos tempo e material.

Do mesmo modo que demonstrei no retoque do Fiat, primeiro aplicamos a base priorizando a cobertura da área masseada, durante esta fase é necessário observar se existem porosidades ou riscos profundos alem de mapeamentos e corrigi-los, preferencialmente com lixamento (lixa 400 ), conseguindo a correção total da área trabalhada e sua cobertura com a base, fazemos o degradê. Na foto ao lado as marcações mostram a área total do retoque mais o alongamento para encaixa-lo. Além desta área não foi pulverizado tinta.

Fazemos a envernização: Duas passadas sendo que a segunda passada mais molhada. Após a aplicação do verniz é feito o nivelamento de retoque. O nivelamento de retoque é feito com o nivelador de retoque, que nada mais é do que um diluente com evaporação mais lenta, aplicado nas emendas do retoque (áreas destacadas pelos círculos pontilhados na foto ao lado). A função do nivelador de retoque é fundir a pulverização ao redor do retoque com a pintura antiga, escondendo a emenda e favorecendo o polimento.


Quando estamos fazendo um retoque, a contagem de passadas de base poliéster não é importante, o que realmente importa é o encaixe do retoque e a cobertura total, alem de anular quaisquer manchas ocorridas durante a aplicação. Para a observação destes detalhes o local do retoque deve ser bem iluminado (luz branca são as melhores), ou receber boa iluminação natural. Também é importante observar o retoque de vários ângulos,bem como de perto e de longe (cerca de cinco metros). Só quando temos a certeza do resultado é que aplicamos o verniz (na foto ao lado o trabalho encerrado).

Para os micro ou mini- retoques o método é igual, porém em menor escala. Reduzimos a abertura do leque (ao minimo), a pressão de trabalho e a distancia da pistola em relação ao retoque. A foto ao lado mostra um micro-retoque na porta de um Uno na cor prata Bari, o local do retoque já foi nivelado, lixado e polido ao redor além de empapelado. Note que eu empapelei e aproveitei uma dobra na estampa da porta para disfarçar o retoque colando uma "fita falsa", chamamos de fita falsa este anteparo feito com a fita crepe para que não ocorra um degrau (se colássemos a fita na dobra ficaria um alto-relevo marcando a dobra).

Feito a aplicação do prata Bari (na foto acima) e na sequencia um lixamento com lixa 800, para nivelamento, temos uma área de cerca de doze por um e meio centímetros bem realçada entre as marcações. Já na foto ao lado após o alongamento, houve a homogenização do retoque e as marcações da área do retoque aumentam em cerca de oito centímetros (quanto mais eficiente for a pistola de pintura menor será a área do micro-retoque).


Após encaixarmos o retoque é feito a aplicação do verniz P.U., são duas passadas e o alastramento nas bordas. Note que eu retirei a fita falsa pois o verniz deve ser aplicado sempre em uma área maior do que a da base poliéster. A área em destaque na foto corresponde a área total abrangida pelo verniz sem a aplicação do alastrador. Pra não contaminar o plástico da maçaneta com o verniz eu mascarei a mesma com fita crepe.

Ao lado o micro retoque concluído. Em todos os retoques, sejam pequenos, médios ou micros, após o polimento é fundamental a aplicação de uma cera protetora para proteger principalmente as emendas do retoque contra a ação dos raios solares UVB  e UVA e garantir que o resultado do trabalho perdure por anos. Eu recomendo o enceramento de um veiculo de três em três meses, tanto o repintado quanto o original de fábrica (a menos que as recomendações do rótulo da embalagem da cera sejam outras), principalmente se o carro é diariamente exposto ao sol por horas e horas a fio. Desta forma tentei mostrar como são feitos os retoques em poliéster, qualquer dúvida é só comentar. Um grande abraço e até a próxima!

108 comentários:

Unknown disse...

Prezado Wilson, mais uma respeitável aula técnica. É sempre bom aprender uma pouco mais sobre esta arte. Grande trabalho. Uma dúvida: qual diluente você utiliza como alastrador?
Abraço,
Claudio.

Wilson Guttler disse...

Valew Claudio, muito obrigado pelo apoio! Quanto a sua dúvida, alguns fabricantes rotulam o produto como "alastrador de retoque" outros como "nivelador de retoque", há ainda o chamado diluente "lento"(assim descrito no rótulo). Qualquer um destes produtos pode ser usado para a finalidade de alastrar o retoque no momento de finaliza-lo. Eu me abstenho de citar marcas para não fazer exclusões, mas são muitas as marcas no mercado. Abraços!

diego disse...
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Wilson Guttler disse...

Muito obrigado Diego! Em relação ao alastrador, ele é a finalização do trabalho de aplicações, deve ser passado minutos após o verniz, somente nas emendas(margens)de retoque, fazendo a fusão do verniz novo com o antigo, nivelando o spray das margens do retoque, abraços.

diego disse...
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Wilson Guttler disse...

Valew Diego! Ficarei na expectativa!

diego disse...
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Wilson Guttler disse...

Olá Diego, fico feliz que vc tenha conseguido realizar a funilaria do capô, parabéns! Quanto às suas dificuldades na aplicação do primer e do verniz, é muito simples o que está ocorrendo, preste muito atenção (!) você está movimentando a pistola de forma inadequada, com o leque em mais ou menos 25 centímetros, procure encaixar as passadas em mais ou menos 13 centímetros, como se fosse um telhado. Quanto a velocidade da aplicação de verniz em um capô, não demore mais que um minuto e meio (em média). Faça no máximo três passadas. Diluição, pressão, distancia da pistola, abertura do leque e velocidade de aplicação são grandezas cruciais para o bom resultado de uma pintura final, como é o caso do verniz. Quanto ao primer P.U. teste uma diluição mais fina (pode fazer isto com o verniz também)e aplique passadas leves e empoeiradas. Com a prática vc verá que o controle da aplicação depende das diversas variáveis. Porem é preciso praticar e evoluir com os erros. Qualquer dúvida é só perguntar, aqui ou por e-mail! Abraços e sucesso!

diego disse...
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Unknown disse...

Prezado Diego,
sou solidário ao seu drama, também sou amador e apanhei um bocado para pintar minha moto, cometendo erros semelhantes aos seus, carreguei tanto a mão no verniz que tive que tratar diversos escorrimentos. Neste processo a boa vontade do nosso amigo Wilson foi fundamental. Como você carregou a mão no verniz também, nivele a superfície com a 600 e reduza até 1200 ou 1500, seguido de polimento. Se a camada permitir você salva a pintura sem ter que fazer tudo de novo. Meu resultado na moto com este procedimento ficou muito bom.
Abraço.

diego disse...
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Wilson Guttler disse...

A aplicação do verniz quando feita corretamente facilita o polimento, diminui o tempo de secagem, diminui o tempo de aplicação, promove economia de material (o próprio verniz) e evita o excesso de material na peça, o que proporciona durabilidade pois resgata a performance ideal do produto utilizado. Os melhores resultados não são conquistados nas primeiras tentativas, mas após dominarmos as técnicas. Eu me alegro em saber que vocês (Claudio e Diego, entre outros)estão colocando em prática técnicas e procedimentos expostas aqui...

diego disse...
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otto faria disse...

parabéns pelas aulas e pelo pedido atendido sobre a micro pintura. Já estou fazendo alguns retoques na minha oficina. Fiz alguns retoques e alguns eu não consegui fundir direito. quando fiz o polimento, a área final do retoque ficou muito visível. já não dou polimento no retoque com medo de estragar, mas a textura do verniz fica incompatível com o resto da pintura. Qual a maneira correta de polir o retoque para não estragar o trabalho? Muito obrigado.

Wilson Guttler disse...

Olá Otto, fico feliz que alguns retoques ficaram bons (parabéns!) e alguns vc não conseguiu fundir direito (pena). Bem quando dominamos a técnica todos os retoques ficam bons (inclusive fazemos retoques dentro dos retoques, pois o importante é o trabalho ficar bem feito). Para que não aconteça este "degrau" que desqualifica o trabalho recomendo o seguinte: realize o alastramento em etapas, começando a primeira acrescentando 50% de alastrador à mistura restante do verniz (ou seja reduza mais a viscosidade do verniz fazendo uma substancia de fusão) e aplique na emenda, depois aplique na emenda da substancia o alastrador puro, desta forma vc evita a textura incompatível. Realize o polimento na área em que vc aplicou as duas passadas de verniz, normalmente; na área da substancia de fusão, atenção (!) polimento manual e direcionado e na área do alastrador puro, um micro-polidor liquido (também manualmente). Mais uma dica final, o degrau some se vc lixa-lo com lixa 2000 no sentido de dentro para fora do retoque > polimento com massa número 2 > polimento com micro-polidor liquido e finalizando com o auto-brilho. Com a prática vc fará ótimos retoques! Sucesso!

diego disse...
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Mardonio Sena disse...

ola Wilson tudo bem...o blender de retoque deve ser aplicado na emenda da área lixada com 1500 ou posso deixar uma area fosca para polir depois? estou com uma saveiro e o retoque de tinta e pequeno próximo a lanterna não queria envernizar uma grande área...muito obrigado seu blog é uma ferramenta para mim.

Wilson Guttler disse...

Para o Diego: Não usamos mais os termos "demão"(que significa duas mãos) ou "mão" de tinta, o termo "passada" é mais apropriado. Retoque e pintura completa possuem procedimentos diferentes, na pintura completa aplica-se uma base para facilitar a cobertura e economizar material e óbvio, basta homogeneizar a pintura e envernizar. Aplicar passadas lentas e molhadas é recomendado para pinturas completas portanto. Os retoques pretendemos faze-los na menor área possível, daí o cuidado.
Para o Mardonio: Não envernizar grandes áreas é o objetivo fundamental das técnicas de retoque. Porém o verniz não encobre os riscos de lixa, a menos que se use o aderente apropriado (222S da Dupont = 1 passada em toda a área de alongamento). Nesta postagem, no retoque da porta do Uno, eu envernizei apenas uma pequena área. Também não usei nenhum produto difícil de encontrar no mercado (só os básicos). O polimento final é feito com o filme do verniz totalmente seco, conforme orientei o Otto alguns parágrafos acima. Muito obrigado pelo prestigio!

mardonio sena disse...

muito obrigado pela dica, concerteza vou fazer o retoque mais confiante,
muito obrigado...

otto faria disse...

muito obrigado pelos esclarecimentos que valem ouro. Fico até sem graça de fazer outra pergunta, mas aí vai: agora a respeito da textura do verniz; quando na tinta original o verniz é muito liso, quase sem nenhuma ondulação ou alaranjado. depois da aplicação do verniz fica aquela textura alaranjada. É possível igualar as texturas sem abaixar o verniz do retoque? Muito grato mesmo pelos esclarecimentos.

Mardonio Sena disse...

ola Wilson,tudo certo ...quero te agradecer pelas dicas o retoque ficou perfeito,mas devido um pequeno acidente risquei a pintura nova agora tenho que fazer um retoque dentro do retoque, devo diluir o verniz para fazer esse retoque e qual a melhor técnica que posso usar.obrigado e um grande abraço...

Wilson Guttler disse...

Para o Otto: A aplicação ideal de um acabamento elimina qualquer retrabalho, ou seja secou está pronto! Infelizmente somos falhos e temos que retrabalhar sobre o que já foi feito, corrigindo e melhorando os resultados através de técnicas e habilidades que vamos desenvolvendo com o tempo. Igualar as texturas sem retirar material eu nunca tentei e não posso afirmar se é possível ou não.
Para o Mardonio: A técnica é exatamente igual ao do primeiro retoque, entretanto vc vai trabalhar uma área que não está totalmente seca, é aconselhável o uso de um soprador térmico (moderadamente) para que os solventes da tinta e do verniz evaporem logo e não danifiquem as camadas inferiores reativando-as. Também é aconselhável que, caso o primeiro retoque ainda não foi polido que não seja, fazendo o polimento só depois de finalizar o retoque dentro do retoque. Boa sorte!

Anônimo disse...

Ola, Wilson muito bom seu blog uma pergunta Como faco para indetificar as cores do carro eh atraves do ano ?

otto faria disse...

muito obrigado mais uma vez pelos esclarecimentos. Eu estava procurando o tópico sobre puxar os amassados com parafusos e não encontrei. Li todos os tópicos. Onde está? Outra pergunta, você não usa spotter? Vlw!

Wilson Guttler disse...

Olá, Para identificar o nome da cor do carro nos baseamos na marca, modelo e ano de fabricação(neste caso é necessário um catálogo de cores), podemos ainda levantar o código através do manual do proprietário ou em etiqueta adesiva fixada na carroçaria do automóvel, esta etiqueta varia de montadora para montadora quanto ao posicionamento e formato (basta fornecer o código na casa de tintas). Se o carro possuir a nota fiscal da revenda, na nota consta o nome exato da cor.

Wilson Guttler disse...

Bem Otto, eu faço funilaria artesanal, o spotter é uma ferramenta muito impactante na originalidade da chapa, se bem que mais prática e rápida. No trabalho do Cobalt fiz um restauro com a técnica dos parafusos, antes disso em http://pintfun.blogspot.com.br/2011/08/fotos-sequenciais-de-restauracao-em.html também. Em breve publicarei uma postagem sobre a funilaria artesanal passo-à-passo, espero contar com sua audiência. Vlew!

Mardonio Sena disse...

olá Wilson,tudo bem...gostaria de te agradecer pelas dicas o retoque ficou muito bom nível profissional estou se achando,suas dicas e seu blog se tornaram uma ferramenta especial para mim muito obrigado e que Deus abençoe vc e sua família...

Wilson Guttler disse...

De nada, Mardonio! Meu objetivo principal é justamente este, dar uma base teórica para aqueles que possuem a determinação pessoal para realizar tarefas que de outra forma seriam um pouco mais difíceis. Meus parabéns e muito sucesso!

otto faria disse...

Esse cara é o Wilson!! Me diz uma coisa. O que você faz quando, ao passar a 1 mao de verniz, fica umas poeirinhas, cabelinhos e outras coisas indesejáveis grudadas???? Isso me persegue aqui na oficina. Muito obrigado já de antemão.

Wilson Guttler disse...

Bem Otto, vc pode retirar quaisquer coisas que grudem na pintura com uma fita crepe, pescando-as uma a uma, mas somente enquanto o verniz está molhado, ou seja imediatamente após a pintura. Existe uma técnica muito interessante para evitar que isto ocorra: Minutos antes de aplicar o verniz, molhe o chão da oficina ao redor do carro, isto reduzirá a eletricidade estática do mesmo e o efeito da atração magnética, com certeza o índice de detritos será bastante reduzido. Abraços!

otto faria disse...

Olá. Eu fiz um retoque no canto da minha mala fiat uno. Parecia ter ficado perfeito, mas na luz do sol dá para ver a emenda final do verniz. Pergunto: o retoque deixa algum vestígio? Se fosse para fazer um retoque no meio de um capout ficaria legal? Muito grato.

Wilson Guttler disse...

Otto, os retoques e quaisquer outros reparos estéticos deixam vestígios. Cabe ao bom restaurador deixa-los quase invisíveis e buscar a satisfação (e a gratidão) do cliente em primeiro lugar. Quando um pintor realiza um retoque no meio do capô, conseguindo esconde-lo, ele dominou todas as técnicas de retoques.

Unknown disse...

Boa noite Wilson minha duvida é a mesma do Claudio trabalho na área de repintura alguns anos já fiz cursos por algumas entidades e ainda tenho dificuldades em retoque o alastrador e o thinner para retoque são mesmos e já são prontos pra uso? e são niveladores do verniz novo com o antigo? obrigado fico no aguardo e parabéns pelos posts tem me ajudado muito valew.

Unknown disse...

Oho Wilson vc tambem ministra cursos de pintura?

Wilson Guttler disse...

Olá André, com relação ao alastrador, é um produto desenvolvido para evaporar lentamente, o que permite a fusão das camadas de verniz, escondendo a margem do retoque (alastrador, thinner para retoque, diluente lento e nivelador de retoque são produtos similares, tem o mesmo efeito). Após aplicar as camadas de verniz, cuidamos das emendas, primeiro com o aumento da diluição (usando o alastrador) do resto do verniz preparado (uma passada só nas emendas) e finalizamos com uma passada de alastrador puro (na emenda da emenda anterior). Ao polir se atenha só nas partes necessárias, onde houver texturização e falta de brilho, cuidado para não desvelar. Proteja o retoque com uma cera de qualidade. Eu não ministro cursos presenciais, quem sabe no futuro... Obrigado pelo prestigio!

fradimir disse...

Amigo qual verniz você usa para fazer esse tipo de retoque?

Wilson Guttler disse...

O verniz usado no retoque acima é o verniz P.U. 5:1. Obrigado pela visita!

Anônimo disse...

Wilson,
Como se faz essa fita falsa? Pode explicar?

Wilson Guttler disse...

A fita falsa como descrita na postagem, é a fita comum de empapelamento. O modo de colar é que a define. Colamos a fita falsa em um vinco ou dobra no veículo, para limitar a área de retoque. Colando de forma que menos da metade da largura da fita fique colada, e o resto forme uma aba de anteparo. Olhe com atenção a foto e entenderá melhor como se faz.

Anônimo disse...

Pela imagem não ficou claro. A parte que fica colada é a com o jornal. A outra metade fica levantado recebendo um pouco da tinta?

Outra coisa, existe um verniz que é catalisado porém não é PU (Salcomix). É bom ou devo comprar o PU?

Wilson Guttler disse...

Exato! Você pode também empapelar abaixo do vinco e depois colar a fita sobre o vinco, deixando mais da metade da fita como anteparo.(mas evite pintar sobre a fita, ela serve como limite de aplicações)...Eu costumo usar vernizes 5:1 (mais práticos) ou com relações maiores ainda, estes da Salcomix são 6,5:1 e 8:1. Sua qualidade é BASF, uma ótima marca.

Alfeu disse...

Ola Wilson, nestes retoques você não utiliza fundo PU nem primer univesal? Coloca a base direto sobre a massa rápida? Não vai mapear, ou ainda reagir com a massa? Obrigado.

Wilson Guttler disse...

Olá! Boa pergunta! Este é o segredo para os micro e pequenos retoques, neles a área trabalhada será menor se não houver a aplicação dos primers. Usamos a própria base poliéster para selar o trabalho, fazendo o papel do primer selador e como os danos são pequenos retrabalhamos a superfície até conseguirmos a lisura adequada somente com a base poliéster. É claro que para grandes retoques isto fica impraticável pois gastar-se-ia muito material e não haveria controle nas aplicações...

Anônimo disse...

Gostei muito do tutorial. Tenho aprendido a pintar sozinho e lendo foruns e blogs interessantes como este! e hj pinto em minha garagem e fazendo minha clientela. Porem retoques ainda estou aprendendo , costuma manchar na emenda do verniz novo com o velho mas agora vi esta de diluente para alastramento. Vc faz um lixamento na peca inteira com uma lixa 1200 ou outra de gana fina para receber o retoque? Apos alastrar vc lixa a peca toda para receber polimento? Talvez um trizact 3000? Outra coisa este diluente e o tal diluente redutor? Vi isto na loja da minha cidade. Obrigado por ter feito este tutorial! Thiago.

Wilson Guttler disse...

Olá Thiago! Eu faço um polimento manual e sistemático na peça toda, após o retoque podemos lixar com grana 1200, 1500 ou 2000 nos locais que necessitem. (Trizact 3000 é marca registrada da 3M para produtos que facilitam o polimento: discos tipo hookit e espuma abrasiva. Podem ser usados em substituição às lixas citadas.) Quanto aos diluentes: Um diluente é um redutor de viscosidade, são sinônimos. Para os retoques usamos um diluente de evaporação lenta (somente nas emendas), batizado de alastrador de retoque ou nivelador de retoque, isto facilita bastante a finalização dos retoques. Obrigado pela visita e boa sorte na sua caminhada!

Unknown disse...

Olá amigo. Tive um acdnte de transito e mandei fazer o reparo em uma ofícina que julgava ser da minha confianca. Porém a oficina "cagou" meu peugeot 307 prata, ficando com 3 tonalidades, mais escuras q a cor origínal. Vc sabe o q pod ter dado errado? A oficína tem estufa e atende seguradora. Acho q dei azar.. mas pretendo refazer o serviço na concessionaria. O q acha?

Wilson Guttler disse...

Olá Joseph! A principal causa de diferença na tonalidade costuma ser logo na pesagem da tinta e no acerto da cor. Deve-se evitar cortes secos mesmo após o acerto de tom ter sido feito com precisão. Ao meu ver a tinta do reparo, neste caso foi feita duas vezes. O que explicaria as três tonalidades... Além de haver a comparação instantânea do corte seco. (chamamos de "corte seco" a repintura de um painel sem o alongamento, no qual o retoque é confrontado de imediato sob a luz do sol.)

Laércio auto pintura disse...

olá, primeiramente parabenizar pelos belos trabalhos... gostei muito principamente de suas tecnicas, um pouco diferente doque costume. Fico agradecido(aprendendo coisas novas contigo).
Rapaz tenho uma auto pintura sou meio fraco na parte de retoques, normalmente envernizo a peça inteira pra não dar problema.

não sei se eu sou tão ignorante rsss de não entender ainda essa de polimento de aderencia, nunca tinha visto nada igual. vc passa a massa de polir depois desengraxa é isso? aqui na região normalmente é lixada a peça com a 1200 dae faz a pintura.(por estar brilhante não iria em vez de dar aderencia descascar a peça com o tempo? desculpa é muitas duvidas).
quero eu chegar perto de seu profissionalismo um dia.
muito obrigado até +

Unknown disse...

Fala Wilson beleza!!! olha só me tire uma dúvida...Segui os passos que você ensinou nas fotos tudo certinho mas quando fui aplicar o Thinner de retoque nas bordas do retoque ficaram umas bolinhas em cima do verniz(uns furinhos),apliquei em volta de onde tinha verniz e entrando um pouquinho.O que pode ter dado de errado???Se puder me ajudar eu agradeceria muito.
E parabéns pelo seu Blog,espetacular você compartilhar de seu conhecimento com as pessoas tem muito profissional que chego para tirar alguma dúvida e nem me dão bola.
Abração.

Wilson Guttler disse...

Para o Laércio: Pode-se lixar ao redor do retoque com lixas 1200 em substituição ao polimento de aderência, mas uma técnica não invalida a outra. As técnicas são ferramentas de trabalho e quanto mais as dominamos mais aptos ficamos a resolver os problemas e obter os melhores resultados. O polimento é uma forma de lixamento só que nele os riscos abrasivos são microscópicos, dai a aderência da tinta/verniz de FUSÃO que são camadas finas e quando bem aplicadas formam um filme liso.
Para o Max Alves: As bordas do retoque (verniz ou esmalte) são fundidas em três etapas. Na primeira aplicamos a tinta ou o verniz normalmente diluído, na segunda afinamos a tinta ou verniz e alongamos um pouco o retoque e na terceira aplicamos o alastrador (ou thinner para retoque) puro. Talvez a camada anterior não estava lisa para receber o thinner puro.(aplicações carregadas podem reagir com a camada inferior, deslocando calcinações)
Nunca excedam as duas passadas de verniz + uma passada de verniz mais fino (nas bordas) + uma passada de thinner para retoque (nas bordas da borda) produzindo um filme liso que não pode ser polido com máquina antes de pelo menos um mês. Proteja o retoque com cera, apenas. Boa sorte e sucesso!

Unknown disse...

ola, WILSON!!! TUDO bem? queria se possivel, vc me dar uma explicação mais detalhada a respeito, de como fazer o degradee do alongamento da tinta e do verniz, para que não fique na tinta aquela mancha, e no
verniz aquele degrau ou reflexo desagradavel. ficarei muito grato, se me der o retorno, pois estou tomando muito prejuizo com esse problema. tenho certeza que vai me ajudar.

um abraço!!!!

Unknown disse...

oi,wilsom,tudo bem???? sei que vc e um profissional extremamente qualificado e humilde, e aberto quanto as habilidades e segredos da sua profissão. queria que vc me orientasse com relação ao tingimento de primer p.u. se com pigmento para p.u, ou com a propria tinta p.u.

grato pela sua resposta!!!

Wilson Guttler disse...

Olá Abinael! O primer ideal para o tingimento é o branco, ele pode ser tingido misturando o primer cinza escuro formando tons de cinza ou com os toners para esmalte P.U.. Os fabricantes aconselham a não exceder a proporção de 5% de base colorida na mistura.

José disse...

olá sr Wilson, quero ver contigo se pode me tirar uma duvida. É referente a uma pintura perolizada que fiz e puxou riscos, mapeados, em uma porta ficou até meio embaçado olhando de angulo na sombra. se pode ser meus processos errados ou o material, aonde provavelmente estou errando?(se contigo acontece?)

valeu t+

Wilson Guttler disse...

Olá José! Bem, a causa mais comum para os mapeamentos e riscos "puxados" das camadas inferiores é o excesso de tinta nas aplicações, ou seja: "molhar" a camada de poliéster. O solvente da tinta demora a evaporar e deste modo acaba por reativar as camadas inferiores que amolecidas e preenchidas pela tinta acabam revelando os locais trabalhados. Para prevenir este defeito devemos aplicar passadas leves e secas na etapa da base poliéster. Isto já ocorreu comigo também pois as vezes a pressa em terminar acaba comprometendo a qualidade do trabalho. Com o tempo vamos aprendendo que o trabalho bem feito e a pressa não combinam... Obrigado pela visita e comentário! Abraços!!

Wesley disse...

Olá Wilson tudo bem?
Não sei se lembra de min (Restauração Uno Turbo 96). Preciso de sua ajuda sobre que técnica aplicar para restaurar a pintura dele. O antigo dono passou uma tinta Spray fosco em alguns locais o que acabou por mapear grosseiramente várias áreas. Bem como teto e capô com a pintura ou veniz tido "trincado".
Agora não sei se aplico um removedor pastoso para retirar toda base e criar uma nova ou resumidamente lixo com a 240 400 e 800. Meu pai chegou a sugerir em não remover a base original de fábrica pois deixaria ele mais vulnerável a ferrugem futuras. Ele é marceneiro.
Obrigado pela atenção e ajuda!

Wilson Guttler disse...

Olá Wesley! Seu pai está correto, o removedor irá poupar tempo, facilitando o trabalho de remoção da pintura antiga mas tem seus efeitos colaterais, a exposição ao ferrugem é apenas um deles. Uma sugestão de preparo para a pintura nas áreas com verniz trincado é: inicie um lixamento com grana 100 reduza para 150 e 220, aplique um primer, lixe o primer inicialmente com 320 e reduza para 400 e 600. Dependendo do resultado conseguido, já pode-se iniciar as aplicações de base poliéster (se for esta a escolha) partir daí. Boa sorte

Wesley disse...

Bom dia Wilson!
Entendi. O que recomenda para controle de lixamento, no caso da restauração da pintura? Tem algumas pequenas áreas tenho que aplicar uma massa plástica. Aplicação fina e bem pouca mesmo.
Meu intuito é evitar aquele desnivelamento quando olhamos paralelamente.

Obrigado pela ajuda!

Herbert Freire disse...

Olá Wilson!
Seu blog foi um achado. Muito bom o conteúdo. Pretendo iniciar neste ramo realizando serviços rápidos como retoques de pequenas áreas e micro retoques. Tenho interesse pois, além de gostar muito de carros, acredito que com esta atividade possa alcançar um bom rendimento. Penso que se der certo no futuro poder investir em ferramentas como spotter, soldador de arruelas, estiladores visando diminuir o tempo de serviço e assim o lucro $$$.

Wilson Guttler disse...

Para o Wesley: Pode-se controlar o lixamento através da pulverização levíssima (empoeiramento) de uma base poliéster escura sobre a área do lixamento. A intenção é mapear os locais desnivelados e também revelar os defeitos do lixamento. (dica: para grandes áreas usar o taco grande de meia folha de lixa, e muita paciência...)
Para o Litão: Este é um ramo ótimo! Parabéns pela escolha, os reparos rápidos são um bom filão de mercado e sendo eficiente nunca faltará trabalho... Boa sorte!

Unknown disse...

ola, wilsom tudo bem?!!! qual o tempo certo para fazer o polimento em um local onde foi feito um micro retoque???? e de que maneira devo proceder o mesmo ????? nun contexto geral, qual o tempo de cura de um verniz bi componente esta pronto para um bom polimento. sem o comprometimento de problemas futuros. grato, pela sua atenção!!!!!

Wilson Guttler disse...

Olá Abinael, o tempo minimo para iniciar o polimento é de um dia após a pintura (secagem não forçada ao ar). Nos casos de retoque é preciso levar em conta que as emendas precisam ficar lisas e brilhantes antes do polimento para não revelarem o retoque. Já a cura total do verniz ou do esmalte P.U. é mais demorada, considera-se uma pintura totalmente estabilizada quanto a sua cura quando pressionamos levemente a unha do polegar na pintura e a mesma não fica marcada (isto pode levar vários dias). É claro que quando a pintura atinge sua dureza plena ela reage melhor ao processo de polimento.

Unknown disse...

Muito legal seu blog e aprendi várias coisas tenho um Civic 2010 prata arranhei ele tipo um risco de uns 30 cm tipo prego tem q passar massa pq foi fundo e aniversário tudo isso eu já sei fazer por ajudar meu pai a pintar o caminhão dele só q no Civic é diferente como faço para pintar sem deixar marca de emenda ?

Unknown disse...

Fundo e anivelar desculpe o erro q corrigiu para aniversário

Wesley disse...

Bom dia!
Polo Classic 2001, pintura perolizada, predominantemente vermelha. Possui alguns mapeamentos grosseiros no "acabamento". Uma delas é abaixo da porta do passageiro da frente. Ele colocou massa mas não lixou devidamente ,ficando com aspecto de "casca de laranja" bem como um pouco ondulado. Outra é que foi retocado algumas partes da lateral o que ficou bem evidente na diferença do original com o atual...
Por favor peço sua opinião para o seguinte procedimento que acredito não ser muito bom:
1- Lixar toda lateral com a 1200;
2- Já lixei a porta dianteira (parte do mapeamento com massa) com a 80 e depois com a 150 a seco. Pretendo lixar com a 320, 400,600 e depois com a 800.
3- Aplicar o primer universal branco, no locar da porta
Como não tenho experiência como poderia proceder da melhor forma?

Obrigado pela ajuda!

Wesley
Goiânia

Wilson Guttler disse...

Para o Douglas: Um retoque sem emendas é o fundamento desta postagem, nela vemos que tudo depende do alongamento para a parte colorida (poliéster) e da sequencia de diluição nas bordas do verniz (P.U.), até que seja aplicado o alastrador puro.
Para o Wesley: Texturas grossas e ondulações devem ser corrigidas com lixamento (use um lixador manual de meia folha). Se vc vai retocar, inicie com um polimento geral, efetue todos os reparos em todos os defeitos reduzindo o lixamento dos reparos até a lixa 320 e aplique o primer só nos defeitos. Após a aplicação de primer (universal) lixe direto com 600 e retoque. A lixa 800 serve para remover pulverizações durante a pintura e a 1200 é para o processo de polimento. Qq duvida é só falar, boa sorte aos dois!

Unknown disse...

Mais um excelente trabalho wilson
..tanto no veiculo quanto no post...parabens.
Cara como se usa po xadrex como controle de lixamento???

Wilson Guttler disse...

Olá Anderson! Um controle de lixamento deve revelar defeitos de superfície e ondulações, da seguinte forma: aplicamos uma fina camada de material para marcar a área lixada, este material pode ser o de um lápis de grafite, uma régua de alumínio ou pó de grafite (neste caso pode ser usado o pó xadrez) ou ainda uma pulverização aberta a finíssima de tinta poliéster. Após marcarmos a superfície com o material escolhido é só observarmos o mapeamento dos defeitos e ondulações que permanecem ao taqueamento (taqueamento =lixamento com o taco apropriado). Repetimos o trabalho até que o resultado seja satisfatório.

Unknown disse...

Entendi..mas passo o po seco,ou umido?valeu Wilson abraco...bom domingo..

Wilson Guttler disse...

É aconselhável nunca usar lixamento úmido sobre massas para evitar bolhas futuras. Se tiver dificuldades com o pó seco opte por um outro procedimento como a régua de alumínio ou a névoa de poliéster. A superfície lixada fica bem aderente e fácil de marcar com qualquer destes materiais. Sucesso!!

Unknown disse...

Valeu....abraco..ate breve..

Unknown disse...

Cara mais uma duvida.quando retocar com pu,posso usar o alastrador normal?mesma coisa da base e verniz?valeu

Wilson Guttler disse...

Sim pode. O alastrador é um diluente P.U. que aumenta a viscosidade da resina P.U. que é a estrutura química do esmalte e do verniz P.U., a diferença para o diluente normal é que o alastrador de retoque é aditivado para possuir uma evaporação mais lenta e facilitar na fusão do retoque. Muitos pintores com o tempo deixam de usar o alastrador para fazer retoques, dado que ele é um facilitador do processo e não um produto indispensável.

Unknown disse...

Entendi...mais uma vez mto obrigado...ate a proxima duvida...valeu

Unknown disse...

Ola wilson...pintou mais uma duvida,quando fizermos o polimento de aderencia,devemos usar desengraxante apos o mesmo para remover resquiciosvde massa? Valeu

Wilson Guttler disse...

Não é preciso pois a massa é a base de água. Mas é importante limpar a área polida com uma estopa limpa e papel absorvente. Ajuda muito se após isto seja aplicado um aderente transparente, mas não é obrigatório.

Unknown disse...

ola, wilsom, tudo bem??? queria tirar uma duvida com relação a imenda do retoque localizado.
porque a imenda, ou fusão do verniz não original, com o verniz comprado em casas de tintas, a imenda fica 10. mas a imenda feita com o verniz comprado nas casas de tinta, com o verniz original de fabrica, a imenda ou fusão do mesmo deixa um pequeno reflexo, ou seja, vestigio no retoque?????.
obs: uso verniz bi-componente de qualidade. ppg-wanda-lazzuril.

ficarei muito grato, se me tirar a duvida com relação ao problema.

um abraço!!!!!!!!

Unknown disse...

Boa noite Wilson,gostaria de saber ,se após aplicarmos a base poliester ficar aquela poeira ou aspereza podemos lixar com grão 800 seca e depois limpar com solução desengraxante?Qual pano usar para essa limpeza antes de passar o verniz?posso usar o pega poeira?Parabéns pelo blog e humildade.Grato Sergio barros.

Wilson Guttler disse...

Olá Sergio... Eu não aconselho lixar as ultimas passadas de tinta, uso papel absolvente para a retirada de poeira e calcinações leves e aplico o verniz. Quando é preciso lixar, mesmo com a 800 eu aplico mais duas passadas para encobrir os riscos da lixa, passo o papel para alisar e envernizo. Boa sorte nos retoques!!

Unknown disse...

Boa noite Wilson,fico grato por ter me respondido,primeiramente te agradeço.Wilson acabei de fazer um retoque em uma S-10 na parte traseira,mas envernizei ela toda,lixei com 1200,e depois com uma 2000 pra refinar,apliquei a base empoeirando e alongando um pouco nas passadas,ficou bom,mas quando apliquei o verniz ele deu uma pequena escorrida,o que devo fazer para eliminar todo esse escorrido sem que fique a marca.Na diluição fiz 5.1.1 mas acho que ficou um pouco de casca de laranja ,não muito,acha que devo diluir um pouco mais?

Wilson Guttler disse...

Bem, os melhores resultados obtidos durante as aplicações do verniz dependem de outros fatores além da diluição, mas esta citada é muito viscosa, eu indico uma diluição maior entre 30 a 40% de diluente. Com a prática podemos até aumentar esta diluição (45 a 50%) e conseguirmos resultados que atenuam e até dispensam o polimento. Mas lembre-se dos outros fatores como a abertura do leque, pressão na capa de ar, distancia e velocidade de aplicação. A eliminação do escorrido após a secagem é feita com lixamento e polimento, mas muito cuidado para não desnivelar, o que implicaria em um novo retoque.

Unknown disse...

Wilson fiz uma pintura cor preto fico perfeito mas depois começou aparecer um monte de pigmento como se fosse poeira de tinta,o que pode ter ocorrido?Envernizei com verniz 2.1.1.

EfoRodrigo disse...

Olá Wilson,
primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo ótimo trabalho de estar compartilhando conhecimento nessa área que não é tão fácil de se ingressar para um novato, a Pintura Automotiva. Gostaria de tirar algumas dúvidas, preciso corrigir uma repintura em uma lateral inteira de um carro, o acabamento ficou muito grosso devido a falta de lixamento adequado do fundo PU e depois de ter aplicado a base poliéster + verniz, foi tentado uma correção com polimento lixando com lixa 1200 e acabou aparecendo pontilhados do fundo PU. Te pergunto, para recuperar essa lateral inteira do veículo, apenas lixo até retirar todo o verniz + base poliéster, chegando ao fundo PU e nivelar ele novamente para pintar e envernizar ou necessito aplicar outro fundo PU para dar aderência a nova base poliéster + verniz? Devo utilizar lixadeira roto orbital com lixa grão p80 para retirar as camadas de tinta e verniz e depois ir afinando com p220,320,400 e 600?

Wilson Guttler disse...

Olá! Bem, após vc ter conseguido alisar a área afetada com o lixamento até a grana 600, caso tenha ocorrido "mapeamento" (que é quando ocorrem manchas de desníveis) é recomendado homogeneizar com um primer fino (isto facilita a cobertura e isola os desníveis). Lixar até 800 e pintar. Boa sorte!

EfoRodrigo disse...

Boa tarde Wilson, gostaria de tirar algumas dúvidas sobre ferramentas de funilaria e pintura. Bem, como não disponho de um compressor robusto para lixadeira roto orbital pneumática, posso utilizar uma elétrica usando interface de espuma, controle de lixamento, tomando todo cuidado com o nivelamento de cada peça?? Tenho duvida quanto a pistola de pintura que devo usar para um bom acabamento e que se adapte, pois tenho um compressor hooby 8,3 PCM 25 litros...??

Wilson Guttler disse...

Eu prefiro lixadeiras elétricas ao invés de pneumáticas. Isto para massas e primers, mas só com lixas abaixo de 220. Podemos usar ainda escovas de aço para remoção de tintas e ferrugens ainda na preparação de funilaria. Uma lixadeira angular e uma roto-orbital ajudam muito na preparação. Para as aplicações de tinta e verniz em retoques seu compressor deve funcionar bem com uma HVLP (com reservatório superior, que pulveriza com economia de ar) de bico 1.3 ou 1.4. Uma mini pistola de 1.0 também pode ser de grande ajuda em pequenos trabalhos.

Unknown disse...

Boa noite Wilson,fiz uma pergunta a você relacionada a algumas pintas brancas como se fosse poeira de tinta que apareceram logo após o polimento e queria que me ajudasse a resolver esse problema,o que pode estar ocorrendo.Antes de polir estava perfeito não dava pra ver isso.Será que é água ou óleo que esta passando pelo filtro?Pode ser porque eu não costumo limpar toda pistola após a aplicação do poliester,apenas coloco diluente no copo e abro bem a pressão da pistola para limpar?Ou verniz ainda não curado quando lixei com 1200?

Wilson Guttler disse...

Oi Sergio! Este defeito já ocorreu comigo, eu relaciono estes pontinhos a estes fatores: catalize, aplicação e viscosidade. Uma vez que o verniz foi aplicado fora dos padrões de viscosidade, acaba ficando muito "alaranjado". Quando tentamos minimizar o problema com lixamento (antes do polimento final) o pó produzido fica depositado nos baixos-relevo do alaranjado impregnando (devido à catalize incompleta) e formando um padrão. Eu percebi que em cada poro havia um pontinho que antes não estava lá. Quando consegui adequar os fatores de diluição, catalize e aplicação minhas pinturas nunca mais apresentaram estes defeitos. Espero que vc logo consiga obter resultados bem melhores...

Unknown disse...

Boa noite Wilson,primeiramente quero te agradecer por ter me tirado essa duvida e me explicado muito bem para que não volte a cometer esse erro,mas foi o que pensei viu Wilson,e pra ajudar na hora de aplicar o verniz eu catalizei errado,o verniz era um alto sólidos 2.1.1,preparei 200ml e coloquei 50 de catalizador e 50 de diluente ,ai quando percebi ja tinha feito.sendo que o correto seria 100 de catalizador e 100 de diluente.Mas qual o tempo certo para fazer um lixamento pós a pintura para o polimento Wilson, para que não aconteça mais isso?Valeu Wilson que Deus esteja sempre com você e ilumine teu trabalho.Exemplo de humildade !!!

Wesley disse...

Olá Wilson tudo bem?
Aconteceu comigo também a formação do padrão... O Auto sólidos apliquei sem diluir, coisa de amador mesmo. Neste caso o que posso fazer para refazer todo o trabalho? Pensei em lixar tudo com a 800 ou 600 e pintar tudo novamente.
Obrigado pela ajuda

Wilson Guttler disse...

Olá Wesley, vc pode iniciar o lixamento do alaranjado com 600 e aplicar base só para encobrir os riscos. Ao envernizar, atente para a diluição correta. Boa sorte!

Unknown disse...

olá wilson td bem ?.
Sempre acompanho o seu blog e procuro aprender com as perguntas dos outros e suas respostas. Bom eu fui retocar uma lateral e realizei o lixamento de nivelamento, deixando nivelado corretamente a área com primer e a área com base ou verniz. Mas quando realizo a pintura com base ocorre mapeamento mesmo com a área estando nivelada. Você poderia me ajudar ?..kk obrigado

Wilson Guttler disse...

Olá Alyson! A provável causa deste mapeamento é a reativação de camadas nas áreas preparadas com fundo e massa pelo solvente da base poliéster, isto pode ocorrer até mesmo com o verniz mas em menor intensidade. É importante não fazer aplicações "carregadas" desenvolvendo a técnica do "úmido sobre úmido" que permite sobrepor camadas sem causar reativação e mapeamento. Uma boa pintura em poliéster sempre é feita com passadas leves e empoeiradas, sem carregar. Isto é válido também para primers e vernizes.

Unknown disse...

Então eu não posso carregar muito a passada ?..eu imaginava que para "cobrir" teria que ser bem carregado kk. Então o certo é fazer por camadas leves e empoeiradas ?..muito obrigado Wilson amigo !!!

EfoRodrigo disse...

Olá Wilson,
Repintei o meu carro com pintura dupla camada na cor preto ninja vw e, quando na aplicação do verniz notei que apareceram bolinhas brancas nas peças, esperei secar tudo e lixei com 600, 800 e apliquei base e verniz novamente, depois de seco lixei muito e dei um polimento na pintura. Passado uns 60 dias da repintura, quando estava lavando o veículo notei que havia umas bolhinhas pequenas por todas as peças, e um novo polimento técnico não iria adiantar pois já tinha sido muito lixado desde a última vez e quase já não tinha verniz para retirar no lixamento. Te pergunto, qual o tipo de problema que pode ter ocorrido? Quando repintamos peças que já foram repintadas anteriormente umas 3 vezes pode interferir no acabamento final?

Wilson Guttler disse...

Olá! Este defeito está associado com a diluição, catálise e aplicação. Diluição menor que a ideal causa texturização (porosidade, que é um estágio acima da casca de laranja). Catálise desproporcional faz com que o verniz demore muito para secar, assimilando resíduos do polimento. A aplicação após a correta preparação do verniz deve proporcionar um filme brilhante com alta reflexão. Obtendo resultados satisfatórios imediatos o trabalho fica garantido, igualando a qualidade original. Quanto a sua última pergunta, peças repintadas não interferem no acabamento final, desde que sua secagem esteja estabilizada totalmente.

Josuej disse...

Oi outra duvida e na ultima repintura do meu corsao eu dei pouco verniz na tinta poliester agora to pensando em dar uma lixada 600 de leve e repintar tudo dinovo sera que vai inrrugar tudo?boa noite

Unknown disse...

Olá Wilson, tudo bem?
Wilson, ontem na porta da minha faculdade rasparam no pára-choque traseiro do meu Honda civic 1995, aqueles que o plástico é bem resistente mas mesmo assim saiu um pedaço de tinta e trincou um pouco mas não amassou nada. Tem mais ou menos 10 cm. Então, a dúvida é se eu fazendo o reparo com massa precisarei pintar todo o pára-choque? Ou só o lugar reparado? Obrigado!

Wilson Guttler disse...

Para o Josué: Como eu disse anteriormente, caso o verniz da última repintura já esteja estabilizado quanto a secagem, não ocorrerá nenhum efeito colateral sobre esta nova aplicação.
Para o Daniel: É preferível retocar só no local afetado, como demonstrado neste post. Boa sorte a ambos! Abraços!!

Anônimo disse...

Olá Wilson! Parabéns pelo alta qualidade do conteúdo do seu blog e disposição personalizada de respostas.
Gostaria de saber se consigo eliminar escorridos de pintura PU sem a necessidade de repintar toda a peça? Posso dar polimento direto na tinta PU ou devo aplicar verniz adequado para alcançar um ótimo brilho? Quando a tinta PU fica um pouco com aspecto de casca de laranja posso corrigir apenas com processo de polimento ou devo repintar (retrabalho)?

Parabéns novamente.

Obrigado.

Fabrício Luis Alves - Analista de Qualidade

Wilson Guttler disse...

Olá Fabrício! A tinta P.U. ou esmalte P.U. já é o acabamento, não precisando de verniz para complementar o trabalho. Pequenos escorridos podem ser removidos, mas é preciso paciência e esmero, alisando primeiramente com lixamento sem forçar a lixa na pintura em seguida removendo os riscos com o polimento propriamente dito. O mesmo processo serve para corrigir calcinações leves e alaranjados.

Mah Anúbis disse...

Ola Wilson blz fizeram uns risco no meu carro eu inventei de tentar arrumar comprei aerógrafo e tudo mais empapelei e ficou um degral alto tem como tirar ele o meu carro é um honda fit cor preto se puder me ajudar agradeço tentei tirar com lixa 2000 mais ainda esta muito alto fico no aguardo abracos

Wilson Guttler disse...

Olá! Talvez seja mais fácil remoção da tinta (se estiver ainda recente este retoque, uma estopa com diluente removerá só a tinta recentemente aplicada). Os retoques ficam perfeitos quando são alongados, sempre aumentando a diluição da tinta ou verniz, até a aplicação do alastrador ou thinner para retoque puro na emenda final. Ao tentar lixar este degrau vc poderá remover também o verniz original e causar um dano maior na pintura do que os riscos anteriores.

***** disse...

Olá Wilson... mandeu jatiar minhas rodas de liga, apliquei o primeiro universal na cor cinza, e por fim a base preta Alto brilho.
Detalhe é que minhas rodas ficaram com uma furinhos que só apareceram agora quando dei as 4 demaos da base preta auto brilhante.
Será que consigo esconder estes furinhos m.. como??
É também se poderia aplicar o prime sobre esta tinta preta novamente para tentar corrigir estes micros furos das rodas

***** disse...

Olá Wilson... mandeu jatiar minhas rodas de liga, apliquei o primeiro universal na cor cinza, e por fim a base preta Alto brilho.
Detalhe é que minhas rodas ficaram com uma furinhos que só apareceram agora quando dei as 4 demaos da base preta auto brilhante.
Será que consigo esconder estes furinhos m.. como??
É também se poderia aplicar o prime sobre esta tinta preta novamente para tentar corrigir estes micros furos das rodas

Unknown disse...

Olá Wilson, tudo bem? Em primeiro lugar parabéns pelo Blog, excelente para curiosos e iniciantes como eu. Posso tirar uma dúvida?
Pintei uma peça (capô) de um voyage prata. Mandei pesar a tinta na mesma cor, ficou bom o trabalho, no entanto deu diferença de tom entre o restante do carro. O Correto seria fazer o alongamento degradê para os paralamas para igualar mais?
Obrigado e parabéns

Unknown disse...

Boa noite jovem, tenho um Renault clio com tintura original ainda na cor preta porém ele tem um retoque pra fazer na altura do Paralamas traseiro, eu posso fazer esse retoque com tinta PU? Já que o original é poliéster

Wilson Guttler disse...

Olá! É perfeitamente compatível retoques em pinturas lisas originalmente pintadas em poliéster com o esmalte P.U..Porem um bom resultado no trabalho com o poliéster (sistema de dupla camada) é mais fácil de alcançar, quando exigimos excelência nos resultado.